Quem se interessa por música brasileira vai ter uma grande oportunidade de se aprofundar no assunto com um dos grandes especialistas do tema: o crítico Leonardo Lichote. A ideia da oficina é propor a audição de discos históricos da música popular brasileira, que serão comentados e contextualizados por ele. Neste módulo, o foco serão álbuns que dialogaram radicalmente com o que se põe além das fronteiras do Brasil.
Encontro 1: “Transa”, Caetano Veloso (1972).
O impacto da Tropicália no Brasil da ditadura. A experiência do exílio como motor da criação. O diálogo entre tradição e experimentação.
Encontro 2: “Selvagem”, Paralamas do Sucesso (1986)
A geração do BRock reencontra o Brasil. A influência da diáspora africana na música pop mundial. O diálogo com a Tropicália, via Gilberto Gil, e com o soul brasileiro, via Tim Maia.
Encontro 3: “Da lama ao caos”, Chico Science e Nação Zumbi (1994)
O contexto de surgimento do mangue beat. O deslocamento para Pernambuco do centro de invenção da música brasileira. A construção de uma nova mitologia pop a partir da lama do mangue.
Sobre o professor: Repórter e crítico musical com mais de 20 anos de carreira, Leonardo Lichote entrevistou e assinou reportagens com grandes nomes da música popular brasileira, como Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Djavan, João Bosco e Dona Ivone Lara.
Trabalhou no “O Globo”, escreveu para o jornal “El País” e hoje é colaborador de veículos como o jornal “Folha de S. Paulo” e as revistas “Piauí”, “Traços” e “Amarello”. Foi um dos criadores e editores da coleção “Cadernos de música”. Faz parte do time de editores da revista eletrônica “Resenhas miúdas”, de crítica musical.
Data: 10, 11 e 12/12, das 14h às 17h.
Local: Biblioteca Parque Estadual – Av. Pres. Vargas, 1261, Centro